sexta-feira, 4 de julho de 2008

CALADA

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Eu não reflito apenas o belo
Eu reflito a noite escura
A dúvida, o medo, a morte
A loucura...

Ultrapassando as barreiras
Encontradas no caminho
Sigo na legalidade ao eterno
Me observando ser nada
Reflexo...

Como lua brilho assim
Sou deusa criadora
Iluminando a noite
Redentora à sorte
De vidas pagãs

Não há dor que não se experimente
Através de uma alegria
Dualismo de sensações
Disponíveis em simetria

Quando vive-se à revelia
Cria-se uma esperança
Encontrar o caminho
Para que se alcance um dia
O nada

Em comunhão a tudo sou nada
Abro a boca e engulo
Nomes, símbolos e palavras
Faço versos

Eu sou o inverso
Calada.

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