sexta-feira, 4 de julho de 2008

DEUS ILÍCITO

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Há em mim a virtude da verdade
Vejo Deus em toda parte
E não posso me omitir

Me atraí pelas drogas
Quando quis fugir do mundo
Que expulsou Deus daqui

Mas agora sei
O expulsamos
Apenas para podermos à Deus perseguir
O vestindo de mestres
Mal interpretados
De automóveis do ano
De esperanças e enganos

O vestimos também de virgens mulheres
De doutrinas ultrapassadas
De virtudes estagnadas
Para podermos apreender Deus, enfim

Aprendi a viver assim
Te vesti de Deus
Vesti o verde, o sol e o mar
De Deusa Natureza
E encontrei minha beleza

Agora posso ver Deus em toda parte
Inclusive na droga e no drogado
No menino que é viciado

Oh, Deus ilícito!
Como libertar-me deste mundo
Onde tudo que repito se transforma em vício?

Viciados em Deus
No Deus do perdão
Dele esperarão a salvação
Para viver a vida em libertação?

Santa virtuosidade!
Minha transcendência é pela arte
Devo render-me assim
Para viver inteira e não me dividir

Não omitindo Deus em mim
Ao poder assim discernir
Não me iludir por nenhum par
Ao sentir Deus a me amar
Me fundirei a Deus no silêncio
Para em paz poder me calar

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